03 março 2008

Retrospectiva GC #2: Pikmin

Por Gustavo Assumpção

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Todo mundo sabe que Miyamoto é um gênio. E Pikmin, game que saiu em dezembro de 2001 para o GameCube só reforça essa tese. Seu planejamento se deu da forma que só um gênio conseguiria: observando seu jardim, Miyamoto viu que pequenos insetos trabalhavam em meio a variedade de objetos diferentes, seguindo suas rotas e cumprindo suas tarefas. Foi com essa visão que ele teve a idéia de fazer um game onde o jogador controla-se hordas de pequenas criaturas para realizar feitos maiores. Assim surgiu Pikmin que eu orgulhosamente apresento pra quem não conhece e relembro com quem teve uma das melhores sensações do mundo ao jogar essa verdadeira obra-prima:

Do espaço vem o controlador

Pikmin é meio amalucado. E isso fica evidente logo ao conhecer a história do game. Capitão Olimar é um astronauta de um planeta pouco conhecido: Hocotate. Em uma de suas viagens espaciais, ele sofre um acidente ao colidir sua nave Dolphin em um meteoro. Desmaiado ele cai em um planeta desconhecido e o pior de tudo: sua nave é destruída perdendo trinta peças diferentes pelo local. E como se tudo não bastasse, o oxigênio presente é altamente tóxico para os habitantes de Hocotate. Assim, Olimar tem apenas 30 dias para recuperar as peças, consertar a nave e voltar para seu planeta natal.

Quem pensa que ele terá que fazer tudo isso sozinho está muito enganado. Em suas andanças para conhecer o planeta, ele se depara com uma estranha nave com formato de cebola. Sem hesitar, o capitão se aproxima e vê próximo do objeto, um pequeno ser parecido com uma planta enterrado no solo. Curioso, ele agarrou o ser pela parte de cima de sua cabeça e se surpreendeu ao ver que ele não era uma planta: tinha pés e mãos e tinha vida própria! Olimar resolveu chamar esse ser de Pikmin porque ele parecia com uma cenoura típica de Hocotate, a PikPik. A surpresa do capitão foi maior ainda ao descobrir que existiam milhares dessas criaturinhas e que elas o seguiam e obedeciam suas ordens assim que ele as dava.

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Um mundo com vida própria pro seu controle

Os jardins onde vivem os Pikmin foram digitalizados com base nos próprios jardins da casa de Miyamoto. Andando pelos ambientes você terá que ordenar os Pikmins para que eles realizem ações que o ajudarão na recuperação das partes perdidas de sua nave. E para isso você contará com três espécies diferentes das criaturas. As vermelhas resistem as altas temperaturas, as azuis tem a capacidade de nadar e as amarelas podem carregar bombas, muito úteis em algumas partes do jogo.

Ao longo do tempo, os Pikmins crescem e ganham mais velocidade. Repare que quando jovens eles tem uma folha na cabeça. Se passarem um tempo enterrados, eles criarão um botão. Mais algum tempo depois, eles ganham uma flor na cabeça e ficam muito mais velozes e claro isso facilita suas ações.

Cada um dos 30 dias duram mais ou menos 15 minutos. E infelizmente isso é muito pouco. Se levarmos em conta que são 30 dias, o game dura somente sete horas. Para uma experiência tão fascinante e tão boa de ser jogada, é realmente frustrante.

Visual bom, som bom, game bom

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O visual do game é muito bom, principalmente levarmos em consideração a animação dos personagens. Não tem como não se encantar com as peripécias dos Pikmins e não se maravilhar com a dinâmica dos cenários. Todos os ambientes são grandes e cheios de detalhes. Mas por outro lado, há pouca variedade. Você costumeiramente terá a sensação de que já viu isso alguma vez.

Quanto à trilha sonora é evidente mais um bom trabalho da Nintendo. Toda a trilha é maravilhosa, cheio de sons típicos da natureza e de efeitos sonoros do trabalho duro dos Pikmins. O Soundtrack do game foi um grande sucesso no Japão, vendendo muito bem.

Apesar dos elementos de exploração, Pikmin é um game típico de estratégia. Todos os movimentos precisam ser calculados bem como o tempo deve ser levado em consideração na hora de cumprir as missões. Apesar de curto, Pikmin é um grande exemplo de inovação, empenho no desenvolvimento e criatividade.

Recepção calorosa

Pikmin alcançou excelentes críticas pelo mundo afora. Pra começar, a revista Famitsu deu ao

Reviews
Publicação Nota
Edge
Electronic Gaming Monthly 8,17 de 10
Famitsu 38 de40
Game Informer 9,25 de10
GameSpot 8.9 de 10
GameSpy 92 de 100
IGN 9.1 de 10
Nintendo Power 10 de 10

game 38 pontos (10/10/9/9), uma das melhores notas que games do GameCube obtiveram. O conceituado IGN deu 9,1 e o GameSpot 8,9. Nas vendas o game foi relativamente bem: encerrou com um total de 1,61 milhão de unidades, se tornando o 15º game mais vendido do console e ganhando o selo Player´s Choise.

Experiência inesquecível


Quem jogou Pikmin não esquece. É um game fabuloso, rico, divertido e muito criativo. Sua duração é o grande empecilho no seu conjunto, mas nada que desmereça muito o game. É um grande exemplo de excelência no design e inovação. Pikmin é um clássico do GameCube e merece ser apreciado em toda sua plenitude.


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