13 março 2008

Retrospectiva GameCube #9: Magical Mirror Starring Mickey Mouse

Mickey Mouse fez parte da infância de quase todos nós. Conhecer a Disney World, o paraíso americano do consumismo, também é sonho de muitas crianças e até de alguns adultos por aí. Na E3 de 2001, vimos pela primeira vez Magical Mirror Starring Mickey Mouse, game desenvolvido pela Capcom que acabou saindo em dezembro do mesmo ano. Como veremos a seguir, foi um game simpático e até mesmo divertido, mas lógico que não estava à altura dos grandes medalhões do console. Vamos em frente:

Desenho animado com história de desenho animado e visual de desenho animado

A principal característica que salta aos olhos em Magical Mirror é a ambientação do game. Tudo foi pensado para realmente lembrar um desenho animado. O visual é muito bem animado, os efeitos gráficos são típicos das aventuras de Mickey e as vozes e até mesmo o jogo de câmera que realiza o enquadramento como o de um desenho. As peripécias de Mickey são engraçadas algumas vezes e bobocas em sua maioria. Perfeitamente aceitável já que o jogo foi criado pensando em um público mais jovem.

A história do game apenas justifica as aventuras de Mickey. Em uma de suas noites de sono, o rato mais famoso do mundo ouve um barulho no seu quarto. Assustado, ele decide ver o que é. De repente, um fantasma sai do espelho e suga Mickey para dentro do objeto. O fantasma então quebra o espelho para impedir que Mouse volte e se quiser retornar, ele terá que encontrar os pedaços quebrados do espelho e reconstruir a passagem de volta para sua casa.

Aponte e clique, mas sem desafio algum

Ao contrário de seguir o caminho do óbvio, ou seja, um game de aventura, a Capcom preferiu inovar. Fez dessa aventura um point and click. Ou seja, o jogador não controla Mickey e sim um cursor que realiza as ações. Cada ação custa uma determinada quantidade de estrelas, que você encontra durante as fases. Por exemplo, abrir uma porta custa duas estrelas, mas pode ser que você abra uma porta que não tenha nada dentro. Aí você tem que gastar mais duas estrelas para abrir a porta correta e assim seguir na aventura.

Controlar o cursor é muito simples. Talvez esse seja o grande defeito do game: ser simples demais. Não há nenhuma dificuldade, os minigames são fáceis demais e há muita explicação desnecessária. Há conexão com o Game Boy Advance, mas nada de mais... Uma coisa legal é a possibilidade de se destravar episódios clássicos de Mickey para serem assistidos integralmente. Dá realmente pra matar a saudade.

Reviews
Publicação Nota
Electronic Gaming Monthly ? 10
Game Informer ? 10
GameSpot 4.6 de 10
GameSpy 51 de 100
IGN 4.8 de 10
Nintendo Power 7.8 de 10

Recepção da crítica e do público

Devido a sua simplicidade, Magical Mirror Starring Mickey Mouse não foi muito bem recebido pela crítica. Todos os veículos fizeram questão de enaltecer a falta de profundidade do game. O IGN o avaliou com 4,8 destacando ainda que o game é bastante curto. As publicações européias simplesmente odiaram o game, o avaliando com notas entre 2 e 4. Claro que o game não é tão ruim assim se enxergamos para qual público ele é destinado.

Game mediano, mas carismático.

Nunca achei Magical Mirror ruim. Acho ele um grande game para as crianças. É bem feitinho e tem um grande carisma, mas um gamer hardcore não jogará ele por mais de meia hora. Mickey é um herói nato, apesar de ser meio bobão. Mas os episódios clássicos valem uma olhada. É simples e curto, mas não é ruim.


.

Nenhum comentário: