Desde quando usamos o análogico do Dual Shock para desenhar os feitiços no original do Playstaion 2, imediatamente ficava claro que esse sistema poderia funcionar bem no Wii, já que a mecânica ficaria perfeita com o Remote. Mas assim que os primeiros números de vendas de Okami saíram, e eles foram muito ruins, uma versão do game para o Wii parecia distante. Eis que o Clover Studios resolve ir contra tudo e anunciar o port do game, mas dessa vez desenvolvido pelo estúdio Ready at Dawn (que vem cuidando de God of War: Chain of Olympus). Há pouco mais de um mês do lançamento oficial, a principal pergunta que podemos fazer é: será que a versão Wii pode superar a original? É o que veremos a seguir.
Antes de falarmos do port, vamos situar quem não jogou o primeiro game. Em Okami você joga com o deus do sol japonês Amaterasu que é representada no mundo físico como um lobo branco capaz de feitos incríveis. Dominando as 13 técnicas especiais do Celestial Brush, que são como pinturas que ganham vida, você explorará vastas áreas para resolver enigmas. O aspecto mais impressionante de Okami é seu visual. Ele possui um fabuloso estilo artístico, que pega emprestado elementos da pintura milenar japonesa. O desenho é semelhante aquele feito com papel de arroz em que as tintas se misturam conforme são aspiradas pelo papel, dando a impressão de uma obra de arte interativa. Toda essa sensação visual não só é mantida no Wii como ganha um novo patamar. Adotando suporte a 480p e widescreen, o game roda muito mais natural e numa velocidade maior, mesmo que alguns efeitos e as cores pareçam mais apagados.
Mas a parte que mais merece elogios é o fantástico uso dos controles que a Ready at Dawn implementou no game Você controla Amaterasu com o stick analógico do Nunchuck. Para usar as mordidas basta pressionar os botões C e Z. No Remote, o botão A serve para os saltos e os botões 1 e 2 alteram a câmera. Até aí, nada demais. O fabuloso é na hora dos ataques, quando você apenas movimenta o Remote para frente e automaticamente Amaterasu avança e golpeia os inimigos, ou quando você move rapidamente para fazer combos, num sistema extremamente eficaz.
Mas o ponto de maior destque fica por conta do uso do Celestial Brush. Usando o pincel, você pode pintar pontes onde elas não existiam antes, pintar um sol no céu para transformar noite em manhã, fazer cortes através de objetos e inimigos. Mas ao invés do sistekma falido do console da Sony, agora você tem realmente a sensação de estar usando um pincel. Na comparação, o esquema com o Remote é muito mais intuitivo e rápido. Há alguns pequenos problemas na jogabilidade do game, principalmente quando envolve os movimentos secundários do lobo e nos movimentos de esquiva que estão muito complicados, mas nada que estrague a experiência.
Outro ponto importante é que não há nenhum conteúdo real diferente entre as versões Playstation 2 e Wii do game. As maiores diferenças ficam mesmo no visual e nos controles. Mas claro que quem nunca jogou Okami, e foi muita gente, não liga a mínima para isso. Mas mesmo quem já colocou as mãos no game vai gostar de novamente repetir a experiência de uma maneira mais incisiva participativa. Os puzzles, a diversão, a brilhante direção de arte e a história rica e desafiadora fazem qualquer um se apaixonar logo nos primeiros minutos.
Okami chega ao Wii em março, portanto seu desenvolvimento já está na reta final. E não poderíamos estar mais felizes com o trabalho feito até agora. Espere o lançamento e se prepare para uma das melhores experiências que um game pode oferecer.
Este preview usou elementos do hands-on do Site IGN.com
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