O que Kirby é exatamente?...Uma almofada? Uma nuvem? Um chiclete mastigado? Essa é uma das grandes dúvidas da história da Nintendo. Nem mesmo seu criador Masahiro Sakurai sabe definir o que é ou do que é feito aquela bolota rosa. O que sabemos é que ele é um dos personagens mais únicos já criados. Seu poder de engolir e copiar as habilidades dos inimigos é fantástico e o mundo onde vive é extremamente carismático. Aliás, carisma não falta ao long desses 16 anos de games cheios de vida e que transbordam diversão que recordaremos a partir de agora:
Fofo, mas de força interior.
Originalmente, Kirby se chamaria Popopo. Ele seria apenas um sprite no formato de bola com a cor rosa. Mas Shigeru Miyamoto pensava em Kirby de forma diferente. Ele queria o herói amarelo. Esse impasse fez com que o herói não tivesse uma cor definida quando o primeiro game foi lançado. Nele, Kirby era branco no game e rosa na capaA escolha do nome Kirby também é rodeada de mistérios. Uns dizem que o nome era uma homenagem a um alto conselheiro da Nintendo, mas a hipótese mais aceita é a de que ele adotou o nome de uma companhia que fabricava aspiradores de pó, principal característica da bolota rosa.
Apesar de sua aparência frágil, Kirby é um personagem muito preocupado com o bem estar das pessoas e não mede esforços para lutar pelo bem. Ele é alegre e inocente, gosta de comer Maxim Tomates e de cozinhar. Não é muito falastrão, geralmente só diz um “olá”. Possui muitas habilidades, mas a principal delas é a de engolir os adversários e copiar os seus poderes. Ele também pode voar, já que é muito leve e quando se enche de ar ganha as habilidades de um balão.
Engana-se quem pensa que as aparições de Kirby se resumem aos jogos. Ele é um raro exemplo de personagem que conseguiu angariar um universo muito maior. Seu anime Kirby Right Back No Ya! é distribuído no ocidente pela 4kids, a mesma que cuidou da série Pokémon. No anime estão presentes os mesmos elementos que fizeram da série um sucesso. As batalhas ferrenhas com King Dedede, as cópias de habilidades e a alegria e surrealidade dos jogos estão todos lá.
Nos mangás, Kirby fez aparições, mas todas elas restritas ao público japonês. Das diversas séries, a mais longa foi Kirby of the Stars, escrito por Hirokazu Hikawa com os mesmos temas recorrentes nos games. O personagem também ganhou comics que ficaram famosos na Alemanha, mas esses fugiram demais do original e não ganharam reconhecimento dos fãs.
Nos games
A estréia de Kirby nos games foi em 1992 com o lançamento de Kirby´s Dream Land. Agora vamos relembrar todos os momentos da bolota rosa no ocidente, o personagem mais fofo da história da Nintendo
Kirby´s
O primeiro game da série possuía uma jogabilidade extremamente parecida com a que temos hoje na série, mas com uma diferença fundamental: Kirby inalava os inimigos mas não copiava suas habilidades. No game de apenas cinco fases, já ficava claro como Kirby possuía potencial. Graças ao bom número de vendas ganhou uma continuação pouco mais de um ano depois.
Kirby´s Adventure – NES – 1993
Foi no segundo game da série que Kirby passou a copiar as habilidades dos inimigos. O primeiro game no NES era mais bonito que o lançado para o Game Boy levando o potencial do console ao limite. Tinha uma grande diferencial: o personagem pela primeira vez tinha a cor que seria uma de suas marcas registradas: o rosa.
Kirby´s
O primeiro spin-off da série não agradou tanto quanto os demais games. Era um típico pinball com poucas adições das características da série. Divertia, mas não tinha todo o carisma dos games anteriores.
Kirby´s Avalanche – SNES – 1995
Dois anos fora do mercado trouxeram Kirby num clone divertidíssimo da famosa série Puyo Puyo da Sega. Apesar de simples e meio bobinho tinha uma excelente trilha sonora e uma jogabilidade excelente. Mas, de novo, Kirby parecia descaracterizado.
Kirby´s Dream Course – SNES - 1995
Mais uma vez descaracterizado, Kirby protagonizava um estranho puzzle com elementos de Golf., pontuado por uma perspectiva isométrica. Mais uma vez o game não conseguiu repetir a qualidade dos primeiros games.
Kirby´s
Finalmente Kirby voltava ao universo que o consagrou depois de dois anos com games frustrantes no mercado. Dessa vez eram sete habilidades diferentes ao longo das fases ambientadas em Dream Land, por sinal muito bem criadas. A presença de outros personagens também deu vida nova à série que voltou ao lugar de destaque.
Kirby´s Block Ball – GB – 1996
Mais um puzzle da série, Black Ball reinventava o clássico Breakout. Eram diversos níveis e em todos eles estavam presentes as características típicas da série como a cópia de habilidades e inimigos, que já existia nos demais games da série.
Kirby Super Star – SNES – 1996
Quando foi lançado, Kirby Super Star superou todos os games da série lançados anteriormente. Dessa vez eram oito jogos diferentes em um, todos tão bons que mereciam ser lançados separadamente. A trilha sonora e o visual eram excelentes com destaque para a primeira, repleta de melodias bem compostas e de efeitos sonoros inesquecíveis. Entre os games haviam puzzles, um game de aventura em planetas e um jogo onde Kirby deveria achar 50 tesouros escondidos, estes remetendo a passagens importantes da história da Nintendo.
O melhor puzzle da série. Star Stacker era uma versão de Tetris Attack, sucesso do SNES. Saíam os elementos da série Mario e entravam os da série Kirby. Era curto, mas fabulosamente divertido.
O ultimo game do SNES agradou. Apesar de mais uma vez pecar no tamanho, havia 72 habilidades diferentes nos mais diversos ambientes. Outro destaque era a possibilidade de dois jogadores poderem se divertir ao mesmo tempo.
A estréia da série nos 64 bits foi interessante. Apesar de pouco inovador e de possuir características muito simples, ainda era muito gostoso de se jogar. Graficamente possuía cenários com poucos detalhes e uma trilha sonora menos inspirada Na jogabilidade a inovação vinha da possibilidade de se combinar duas habilidades para formar uma mais forte. Era mediano.
Kirby Tilt´n Tumble – GBC – 2001
O game mais inovador da série. O cartucho provocou uma revolução ao vir com um sensor de movimentos embutido. Em fases inspiradas e muito divertidas, bastava movimentar o Game Boy para que Kirby seguisse a direção apontada pelo jogador. Fugia dos elementos da série, mas era genial.
Kirby Nightmare in Dreamland – GBA – 2002
Remake de Kirby´s Adventure de 1993, o game era exatamente igual. Apesar de não ter nenhuma adição, valia a pena pelo esquema completamente retrô e sem complicação. Os gráficos estavam num nível superior, lembrando o dos games do SNES.
Kirby´s Air Ride – GC – 2003
Motivo de piada, esse game ficou conhecido como “o game de um botão”, graças ao uso simples do controle e exagerado do botão A que fazia todas as funções. Era um game muito fácil e infelizmente decepcionou.
Kirby and the Amazing Mirror – GBA – 2004
Game divertido, e muito agradável, Amazing Mirror tinha Kirbys de várias cores que o auxiliava nos momentos importantes do jogo. Não trazia nada de novo, mas era bem prazeroso para se perder umas (poucas) horas.
Kirby: Canva´s Curse – DS – 2005
Me arrisco a dizer que é o melhor game da série. Mesmo não controlando Kirby (o jogador construía o caminho de tinta com a Stylus onde a bolota deveria passar), o game pode ser considerado genial. Um design de fases incrível e cheio de novidades, belíssimo visual, controles que respondiam muito bem e modos de jogo divertidos, o game é uma jóia rara do DS. Merece ser jogado por fãs de Kirby e de bons games de plataforma.
Aqui a série voltou a tradicionalidade. Eram poucas fases em um game curto que remetia características dos games mais antigos. Não tem nada de exuberante, mas diverte assim mesmo. Pecou exatamente por contrastar
Participações como coadjuvante:
The Legend of Zelda: Link's Awakening (GB, 1993)
The Legend of Zelda: Link's Awakening DX (GBC, 1998)
Super Smash Bros. (N64, 1999)
Super Smash Bros. Melee (GC, 2001)
Super Smash Bros. Brawl (Wii, 2008)
Muita coisa pra rolar ainda
Ao longo desses 16 anos foram 17 games diferentes e muitas horas de diversão. Engana-se quem pensa que a série para por aí. Estão previstos para esse ano dois novos games: um para DS (que será um remake de Kirby Super Star do SNES, com algumas adições) e um para o Wii (sem qualquer informação adicional divulgada). Mas o mais importante é que com Kirby vemos que visual é uma parte do todo, mas não mais importante que o conjunto. Esse visual infantil conduz uma das séries mais cativantes da história da Nintendo.
2 comentários:
Eu sou fã de Kirby!
E fico triste quando vejo alguem falar mal só porque ele é cor de rosa e as fases são meio infantil.
Mas mesmo com características infantis não quer dizer que o joguo é infantil, e além do mais deixa o jogo mais interessante esses senários e a cor rosa do Kirby.
Achei estranho quando falaram que o Kirby 64 era pouco inovador, as características eram simples, cenários com poucos detalhes e a trilha sonora menos inspirada . Porque esse jogo é de mais, você pode juntar habilidades, os gráficos são bem feitos, você não pode andar para cima e nem para baixo mas você pode ver o que aconte mais pro lado e as músicas são muito legais!
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