16 fevereiro 2008

Superpreview: deBlob - Wii

Não é com freqüência que isso acontece, mas de vez em quando uma desenvolvedora cria um game que oferece uma experiência totalmente única. Numa indústria focada cada vez mais em franquias rentáveis e de alto orçamento e onde a maioria dos games exclusivos acabam por passar desapercebidos, games com essa característica acabam marcando mais e vendendo menos. Jogos como Zack & Wiki, Elebits e No More Heroes são dessa categoria e embora não sejam AAA eles trazem um frescor novo para os games que faz com que eles permaneçam na memória. Pois bem, o mais novo game dessa categoria vem de uma fonte pouco provável: a THQ – mais conhecida como a produtora número 1 quando o assunto são licenciados. Junto com a desenvolvedora Blue Tongue, um grupo de ex-universitários, eles estão criando algo verdadeiramente original no Wii.
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Obviamente só de olhar para a tela você já percebe o que é o jogo e qual seu objetivo. É uma estranha combinação, que seria uma mistura de Mercury Meltdown Revolution, Jet Set Radio e algo como Pikmin e Elebits. Para quem não está familiarizado com o jogo, em de Blob você controla um herói gelatinoso que absorve a tinta dos habitantes de uma cidade acinzentada onde os seres vivos são feitos de tinta. Usando a tinta destes habitantes você pode pintar a cidade. O único problema são os policiais e “homens de preto”, pois os mesmos são feitos de tinta nanquim preta, justament a cor que você não precisa para completar seu objetivo principal: Pintar da cor certa pontos espalhados pela cidade acinzentada. São ao todo dez locais diferentes onde o jogador deve colorir. Cada uma dessas localidades são inteiramente livres, ou seja, você pode pegar algumas cores de tintas e cumprir desafios em qualquer área. Esse é um dos pontos chaves do esquema: há diversos objetivos e metas que o jogador deve cumprir enquanto colori os cenários, mas ele pode fazê-los na hora que bem entender. Cada desafio exige o uso de habilidades da Blob: escalada de edifícios e paredes e destruir exércitos invasores de tinta são alguns dos objetivos. Essa forma livre de jogabilidade remete ao já mencionado Jet Set Radio Future, enquanto o tom semi-puzzle e repleto de instantaneidade remete a Mercury Meltdown.


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Como já era esperado, no departamento de controle pouco mudou desde a E3, e o desenho proposto pela equipe está sendo atingido. Controlar de Blob parece tão simples como usar uma alavanca analógica e oferece uma precisão melhor para saltar ou causar dano nos inimigos, graças ao uso excelente do Remote. O Z-targeting é usado facilmente para agarrar os inimigos, pintar latas ou outros objetos, sem que os controles te deixem na mão. O jogo não é um Monkey Ball ou Dewy´s Adventure onde você se sente rolando. Se tivéssemos que compará-lo a uma concepção de game, podemos dizer que se joga ele parecido como se joga Mario.

Pequenos detalhes estão presentes no game. E muitas delas são no aspecto gráfico. Conforme você rola, deixa trilhas de tinta pelo caminho e salpicos de tinta colorida pela cidade. Todo e qualquer objeto do jogo pode ser pintado com qualquer combinação de cores com uma animação soberba. Nenhuma parte do cenário pareceu relaxada ou mal construída. Pode parecer estranho, mas é a mais pura verdade. O mundo é tão grande, que muitas vezes você deixa os desafios de lado só para pintar objetos aleatórios pelo cenário.

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Desde os menus do game, fica claro que a Blue Tongue quis mesmo era oferecer uma experiência divertida ao jogador. Neles é possível movimentar o cursor e brincar de forma livre com as cores e aos poucos se acostumar com os botões. Como parte desse foco, um modo multiplayer local estará presente, mas sem qualquer destaque adicional anunciado.

Outro ponto que merece destaque é o excelente sistema de mapa e localização de itens. Encontrar latas de tinta e água pelo cenário é fácil. Basta segurar o botão A e um pequeno conjunto de ícones indicará onde os itens podem ser encontrados. Mas o ponto que merece cuidado é a câmera. Ela falha em alguns momentos, exigindo que o jogador reposicione, ela da melhor forma possível. Mas de forma alguma ela atrapalha o game como um todo.

Finalizando, é importante frisar que o game precisa de uma trilha sonora que combine com seu estilo visual. A trilha não é ruim, mas definitivamente deixa a desejar, pois destoa demais do game em si. Esse pequeno porém nem de longe atrapalha esse verdadeiro achado. Como deu pra perceber, estamos muito esperançosos e confiantes. de Blob é um game único e merece que fiquemos de olho nele, afinal não é todo dia que um game de tamanha qualidade é anunciado. Só lembrando que o game sai em maio, portanto muita coisa pode mudar. Se terminar como está, já vai ser excelente.



Esse preview foi escrito com informações do Hands-On do site IGN.com

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