19 março 2008

Review: Final Fantasy Crystal Chronicles: Ring of Fates

Não tem jeito. Todo game que leva no nome as palavras Final Fantasy são dignos de grande expectativa pelo público. Mesmo que não sejam games da série principal. Esse é o caso de Final Fantasy Crystal Chronicles: Ring of Fates que acaba de chegar ao Nintendo DS. Será que o game vale a pena, ou possui muitos erros, assim como o game anterior da série que saiu em 2003 para o GameCube? É o que tentaremos desvendar e mostrar pra você a partir de agora:

Ação e RPG sem balanceamento

O primeiro Crystal Chronicles pecou principalmente ao oferecer uma experiência muito distante do jogador. Para o multiplayer eram necessários quatro Game Boy Advances o que radicalmente eliminava muita gente da possibilidade de jogar o game. Sozinho, CC era decepcionatemente solitário e não funcionava. Em Ring of Fates, esse problema não existe, mas por outro lado, o game se tornou um pouco monótono demais. Para mim, RPGs de ação devem ter necessariamente, dungeons criativas que segurem o jogador. Caso contrário o game se torna repetitivo, o que aconteceu com Ring of Fates que não prima pela sua criatividade..

O game também oferece um modo multiplayer, com uma experiência completamente diferente do modo para um jogador. Até quatro jogadores podem se degladiar nas fases que não são geniais, mas ficam bem melhores com os amigos. Só duas coisas não são boas em ambos os modos: a inteligência artificial falha e os controles duros demais. Esses pequenos pormenores acabam atrapalhando o conjunto final, fazendo com que o game brilhe menos do que deveria e merecia.

Onde funciona, funciona até demais!

Mesmo com esses probleminhas, Ring of Fates tem duas coisas que são absolutamente irrepreensíveis: o visual e a trilha sonora. Os gráficos do game estão num nível impressionante. Todos os pequenos detalhes dos cenários, os modelos poligonais, as construções de cenários, as cenas em CG... estão num primor gráfico digno de elogios. Trabalho que nem mesmo a Nintendo tem conseguido fazer no portátil dela.

A trilha sonora vai pelo mesmo caminho e combina perfeitamente com os momentos. Há canções mais introspectivas para os momentos de desenrolar do enredo e outras mais densas para as batalhas. Pode parecer óbvio isso, mas muitos games recentes não seguem essa fórmula. A atuação de voz também é muito boa, apesar de estar um pouco baixa em alguns momentos. Mesmo assim, o som é digno de elogios, um trabalho muito melhor que o feito pela mesma Square em Final Fantasy III.

Recepção da crítica

Vamos pontuar algumas análises pelo mundo. Começamos pela avaliação da Famitsu que deu 35 pontos (9/9/8/9). O site IGN deu 8,2 elogiando muito o game e praticamente não vendo defeitos graves. A Nintendo Power não gostou muito, avaliou apenas com 7,0 dizendo que “falta algo mais”. Publicações famosas com o 1UP e o CheatCC amaram o game (notas 9,5 e 9,2 respectivamente), mas outras odiaram (como a Game Informer 6,0).

Encerrando

Final Fantasy Crystal Chronicles tem defeitos. Isso fica bastante claro nos primeiros momentos de jogo. Quem jogou a versão GC percebe que todos os elementos do original (cristais, magias, grupos, ação e rpg mesclados...) estão presentes. Apesar de um pouco repetitivo e de não prender tanto o jogador, é um game muito bom. Tem trilha sonora e visual muito competentes, um enredo denso e personagens cativantes. Se você tem um DS, vá sem medo. Não chega a ser frustrante, mas passa longe da perfeição. Para um game vindo da Square Enix é pouco.

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