12 março 2008

Retrospectiva GameCube #8: Super Mario Sunshine




Mario 64 revolucionou todo o conceito de games de aventura e plataforma. Até por isso, a expectativa em cima do game da série que sairia para o GameCube foi desleal. Mas mesmo assim, Super Mario Sunshine agradou. Claro que não foi um game unânime. O sucessor de Mario 64 acabou sendo na verdade uma evolução do game anterior pegando os melhores características, evoluindo algumas e ganhando novas. Mas não tem jeito. Todo Mario é Mario e vice-versa. É praticamente impossível um game da série ser ruim. Mas ele pode não cumprir todas as expectativas... Onde será que se encaixa Sunshine? Veremos!

Limpando uma ilha paradisíaca

No game, Toad, Mario e Peach vão tirar férias em uma paradisíaca ilha chamada Delfino Island. O lugar tem esse nome porque sua costa é em forma de golfinho (uma piadinha com o Dolphin? Talvez...). Quem pensa que a estadia na ilha foi tranqüila, está completamente enganado. Assim que chegam, Mario fica sabendo que alguém anda pichando a ilha com um pincel mágico e deixando uma estranha assinatura. O pior de tudo é que esse malfeitor é extremamente parecido com ele! Lógico que todos os indícios recaem sobre Mario e ele é até condenado a limpar toda a ilha com a ajuda de FLUDD - Flash Liquidizer Ultra Dousing Device (Em português,"Dispositivo de Dosagem de Líquido Ultra Rápido "), um estranho ser que esguicha água por aí. Claro que Mario também vai querer descobrir quem é o verdadeiro responsável por toda a sujeira que infestou a ilha.

Toda a jogabilidade foi feita com base no FLUDD e nas suas possibilidades e habilidades. Ele pode derrotar inimigos, limpar a sujeira da ilha e servir de Jetpack por exemplo. Dominando essas habilidades, você deverá encontrar 120 Shines (itens que aumentam o brilho do sol que a poluição retirou) ao longo de diversas áreas da ilha. Os controles são extremamente precisos, mas é necessário dominar as mais diversas combinações de botões para executar os comandos necessários para terminar as fases. Quem dominou Super Mario 64, dificilmente não dominará esse também, embora ele seja bem mais complexo que o 64 (não que isso seja uma coisa ruim).

Clima calipso (não a banda, por favor!)

Super Mario Sunshine tem uma atmosfera sensacional. Toda a criação de seu ambiente levou em consideração as ilhas do Caribe, conhecidos paraísos tropicais. E isso se reflete em todo o game. Mario toma um suco enquanto descansa ao som de uma música calipsa típica do Hawai. Os cenários são absolutamente riquíssimos com palmeiras, frutas, muito mar e sol quente. Os cenários são ENORMES, com locais de difícil acesso que possuem importância ímpar para que sejam encontrados os Shines.

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Sendo um ponto positivo, a ambientação acaba sendo um negativo também. Falta variedade nas fases e muitas vezes você terá que voltar em fases antigas para cumprir objetivos que ficaram para trás. Claro que há áreas mais marítimas, outras mais habitadas, inclusive com construções, mas o clima em todas é muito igual. Não é nada animador, mas é até que divertido no fim. A trilha sonora de Koji Kondo, também combina esse clima e é muito boa, apesar de faltar variedade também.

A jornada de Sunshine é bem longa. E bem cansativa. E bem divertida. Coletar os 120 Shines não é nada fácil, mas é bem recompensador. Passar pelas áreas da ilha é interessante, mas como eu já disse bastante repetitivo. Coronna Mountain e Ricco Harbor são os locais mais divertidos do game. No primeiro, um vulcão, é onde ocorre a batalha final do game. Já em Ricco Harbor é onde ocorre as corridas com as lulas e uma batalha com um chefe dos mais legais do game.

Recepção da crítica e do público

Reviews
Publicação Nota
Electronic Gaming Monthly 9.5 of 10[24]
Game Informer 9.75 of 10
GameSpot 8.0 of 10
GameSpy 94 of 100
IGN 9.4 of 10
Nintendo Power 10 o

Claro que o lançamento de todo Mario é um festival de elogios. Com Sunshine, também foapesar de um pouquinho atenuado. O game recebeu maravilhosas cotações em praticamente todos os veículos, isso inclui 13 notas 10, salvo raras exceções como um 5 do GameShark. Todos fizeram questão de elogiar a bela atmosfera, os bons controles e a jornada longa. Também deixaram bem claro os problemas com a câmera, que eu particularmente não vi, e a falta de variedade. Com relação às vendas, o game, como já se poderia esperar, foi bem. Vendeu 5,5 milhões de unidades até 2006. Claro que se levarmos em consideração Super Mario Galaxy, que já superou esse número em menos de um ano, as vendas não foram tão espetaculares assim para a série. Reflexo do baixo desempenho do GameCube.

Um game com a cara de Mario


Sunshine tem poucas inovações em seu conceito, mas é um game fabuloso. Sua técnica apurada, sua grande jornada... É um game com a cara da série Mario. Talvez sua falta de variedade no design seja de propósito. Mas mesmo assim é um belo game, daqueles difíceis de encontrar por aí. São 30 horas de jogo para se conseguir encontrar todos os segredos e terminar todas as fases. Se não teve a oportunidade de jogá-lo (que tipo de fã da Nintendo é você?), perdeu uma grande chance de apreciar um game controverso, mas único. Sunshine é como férias de verão: Estupendo no começo, bom no meio e um pé no saco se durar muito tempo.



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